4 de set. de 2012

Não perdoe!



Acho engraçada a vida. A gente quer fazer tanto, mudar tanto – a tudo e a todos –, alterar a ordem natural ou não das coisas. Dedicamo-nos a aconselhar – de acordo com a nossa própria opinião – o que mais convém à vida alheia. Esquecemos, às vezes propositalmente, de nossos próprios furos, nossos grandes defeitos.
Achamos mais conveniente analisar a vida dos outros, a final de contas, fazer isso com a nossa própria nos parece insuportável.  A especulação se tornou parte indispensável do caráter humano e, como consequência, o direito à livre decisão de suas próprias escolhas já até soa como algo absurdo.
Hoje resolvi escrever um pouco a fim de tentar conversar com essa folha de word. Isso porque ser escutada sem ser (muito) criticada por quem realmente tem ouvidos, me parece impossível. Não que eu não vá receber críticas após o primeiro ser alfabetizado dar uma passada de olhos por esse monte de palavras amontoadas. Mas é a chance de vomitar um monte de coisas sem ser interrompida me atrai. Sendo assim, exponho o que eu quiser, do jeito que achar melhor.
Estava assistindo a um programa de televisão, um desses apelativos entre os milhões existentes. O tema era sobre o perdão e incentivava à pratica de tal ‘habilidade’. Os infelizes estavam incentivando à pratica dessa incrível arte. Matérias de reconciliação entre ‘vítima e agressor’ foram exibidas. O psiquiatra contratado, dizia que era uma questão de saúde aprender a perdoar, dentre infinitas outras baboseiras vomitadas naquela porcaria de programa televisivo.
Até concordo que pequenos infortúnios devam ser relevados, como quando seu filho mente que já fez a lição de casa só para poder ir para a rua jogar futebol com o amiguinho. Ou quando seu melhor d=amigo deixa vazar aquele segredo.  Ou, ainda, quando alguém te rouba porque está faminto.
A meu ver, o perdão é uma prática inventada para amenizar erros graves. Se praticado, ótimo. O agressor sai ileso e a vítima honrada.  Se não praticado, os papéis se invertem e a vítima passa a ser o agressor.

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