10 de set. de 2012


Dia 10 de setembro de 2005. Sou ótima para lembrar datas tristes. 

Minha grande amiga, sinto sua falta...
Por que você deixou nos deixou?
Por que designou a mim a responsabilidade de seguir em frente sozinha?
Tínhamos tanto a partilhar ainda...
Por que não falou comigo? Por que me deu a incumbência da culpa?
Eu podia ter percebido que algo estava errado, mas não fui capaz.
Onde, em seu silêncio, você se perdeu? Eu a perdi?
Naquela noite conversamos tanto, rimos tanto, falamos tantas besteiras...
Por que você não disse que era o último dia da sua curta e tão preciosa vida? O último “boa noite”, o último “te amo”?
Confesso que tive raiva, após entrar em pânico, ao saber da sua partida voluntária.
Tive raiva por ter me enganado. Raiva de mim por não ter percebido. Raiva de você por ter tido a coragem que nunca tive.
Hoje sinto saudades. No lugar da sua presença, apenas um eterno sentimento de que ainda faltava muito para vivermos.
Independente de onde você estiver, saiba que te amo, amiga.
Um dia ainda nos encontraremos e terminaremos o que ficou para trás.

2 comentários:

  1. É, amor, não se culpe. Infelizmente não temos esse poder de adivinhar o que o ser amado sentirá daqui a algumas horas. Não conheço os motivos do basta dela. Mas sei que com ela foi um pedaço de você, mas os outros continuam aqui- lutando e muito. Então continue com seus pedaços aqui, dividindo -os com os que te amam (como eu).
    Saudades, baby.
    Gabi.

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  2. Sabe, eu também perdi uma grande amiga que se foi voluntariamente e sei que é impossível não sentir uma parcela de culpa. Mas se pararmos para pensar, no fundo não teríamos muito o que fazer. Elas partiram por motivos que só elas sabiam a dimensão e talvez estejam num lugar melhor que nós agora... O que nos resta é relembrar dos momentos bons e esperar que exista algum lugar para além dessa vida onde possamos nos encontrar novamente...
    Se cuida.

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